Resenha critica - Sou surda e não sabia
- Camila Leite Lima
- 19 de abr. de 2016
- 4 min de leitura
Resenha critica – Sou surda e não sabia-
Justificativa:
Escolhi este filme para fazer a resenha a fim destacar a importância dos pais diagnosticarem a “diferença” encontrada em seus filhos criando mecanismos onde os mesmos possam ser sujeito igual ao demais, cabe ressaltar que os pais têm papel fundamental na vida de seus filhos e como podemos perceber no nosso cotidiano há muitas “diferenças”, ninguém é igual, temos que ter esta sensibilidade diante do público na qual nos relacionamos, é preciso repensar sobre esta diversidade e aqui quero destacar a importância de termos um olhar atento sobre as diferenças pais e professores precisam estar em plena “sintonia” para que haja a inserção deste sujeito na sociedade.
O filme aborda a história de Sandrine, que é uma menina surda que não usa a língua dos sinais e conta os momentos marcantes de sua história como, por exemplo: a descoberta de sua identidade como surda que foi uma surpresa para ela, para a sua mãe e seu pai. Por não ter sido diagonisticada precocemente a menina foi desconsiderada pelos seus pais que ha tratavam como uma criança ouvinte apesar de muitas vezes estranharem algumas de suas atitudes.
No filme Sandrine relata com toda a sensibilidade detalhes de suas lembranças de criança, pois não tinha acesso a linguagem de sinais e apenas observava as expressões de seus pais.
Resumo:
Sandrine não sabia que era surda nasceu em uma família de ouvintes, suas lembranças eram apenas visuais, sensações, cheiro e tato a família era calorosa e feliz brincavam com a menina fazendo alguns sons, mas isto não chamava a sua atenção.
Os seus pais demoraram a descobrir que ela era surda, houve um grande período de duvidas e espera hoje em dia isso não acontece, pois as novas tecnologias permitem listar recém-nascidos para saber se são surdos ou não, o médico fala que o diagnostico se faz necessário o quanto antes, pois em alguns pacientes pode reverter o caso nos primeiros dias de vida os médicos tomam o maior cuidado ao informar os pais que seus filhos são surdos, pois requer muito cuidado para que os mesmos se sintam seguros e possam ajudar seus filhos.
No caso de Sandrine seus pais ao descobrirem esta “anomalia” ficaram arrasados, totalmente perdidos e a ligação que tinham de harmonia se desfez ficaram frios e a distância de instalou, pois matricularam a menina em uma escola regular, na qual ela era a única surda e ela não sabia que os demais colegas eram ouvintes, como relata no filme ela achava que poderia se comunicar por mensagens com os demais tentou inúmeras vezes, mas não foi feliz.
Na escola integral ela se tornou invisível como senão existisse, não tinha amigos da sua idade os adultos eram seus amigos e a meta deles era reeducar a menina e foram inúmeras tentativas para que Sandrine “falasse” foi na fonoaudióloga, foi na psicóloga e usou aparelho auditivo mas não adiantou.
Durante toda a sua infância sua vida foi reduzida “a falar”, sua mãe se sentia culpada pela sua “mal formação” e a mãe acreditava que a única forma de sua filha conviver com os demais era a partir de contato com os falantes e forçar a sua fala.
Com isso podemos concluir que o meio interfere na vida dos sujeitos a fim de “contribuir” ou “frustrar”, vemos no caso de Sandrine seus pais viviam em hospitais buscando alguma solução matricularam a menina em uma escola regular, afim de que ela “falasse”, não sou contra os deficientes freqüentarem uma escolar regular, mas para isso as instituições de ensino devem estar preparadas para receber esses alunos, com profissionais capacitados e que realmente queiram fazer a diferença para este público.
Vemos muito hoje em dia falar em inclusão, mas será que as escolas realmente estão preparadas? Acredito que há o que se pensar e rever sobre este assunto... “Inclusão”? Será mesmo ou podemos dizer “Exclusão” é um desafio trabalhar com essas diferenças, mas não é impossível basta à escola criar mecanismos onde ocorra realmente esta inclusão.
Já os pais devem encarar esta “diferença” de forma normal, para que a exclusão não aconteça na própria família, cabe a eles buscarem informações pertinentes na qual possam realmente contribuir para que seus filhos sejam inseridos na sociedade, pois como diz o velho e bom ditado “ a base vem da família”, não pode exigir que excluem nossos filhos se a exclusão já acontece em casa.
O filme -sou surda e não sabia- faz uma reflexão sobre o preconceito e nos faz compreender como é necessário respeitar as diferenças a partir da história real de Sandrine podemos concluir que o tempo todo ela foi privada da sua linguagem de sinais e é possível o surdo de comunicar sem necessariamente usar a linguagem oral.
Assim como todas as pessoas e a comunidade surda merecem respeito e devem lutar por isso todos os dias buscando uma convivência harmoniosa, o respeito e a valorização de sua forma única de se comunicar e quando necessário de intervindo nas situações cotidianas, para valorizar e promover a integração e a auto-afirmarão nos seus próprios espaços, pela valorização de seus processos de aprendizado e de apreensão do mundo.
Posts recentes
Ver tudoO texto tem como intenção refletir sobre as modificações sugeridas pelo MEC no que diz respeito ao Ensino Fundamental de 09 anos. A...
Resumo A realização deste trabalho tem como objetivo, apresentar o que foi visto e o que aprendi com o estágio realizado entre os meses...
O artigo tem como intenção relatar o trabalho realizado durante o Estágio Supervisionado de Prática Docente do CLPD da UFPEL. O estágio...
Comments